domingo, 12 de junho de 2011

O amor faz milagres

 
“O amor é quando a gente mora um no outro”, descobriu o poeta Mário Quintana.
 
Para o trovador Eno Teodoro Wanke, “Saudade, pensando bem, / não é coisa tão ruim.../ Senão, como é que meu bem / iria pensar em mim?”.
 
A poesia de todos, poetas e não poetas, acaba transbordando da alma e escorrendo em versos e rimas, em flores e presentes, em jantar à luz de velas...
 
O Dia dos Namorados, a data mais romântica do calendário, como poucas, é capaz de operar milagres, como o de rejuvenescer o coração. E isso em todas as etapas da vida; da adolescência à longeva idade. Também faz o milagre de converter corações de pedra, mentes chucras, em gotas de orvalho, pétalas de rosa, melodias angelicais, sedosas palavras, gestos refinados...
 
Mais do que tracejar aqui linhas costuradas de lirismo, vale uma reflexão ao ensejo dessa data que motiva transformações comportamentais. É possível que todo esse agir envolto em carinho signifique, ou contenha, algo mais que um mero jogo de cena apenas com o fito de agradar em troca do agrado. É possível que se possa perceber nisso a potencialidade humana do querer bem. Ou seja, o ser humano caracteriza-se por sua predisposição a fazer o bem.
 
O Dia dos Namorados nos diz que é possível sobrepor o humano, o moral, ao animal. É o amor que faz a diferença.
 
Tudo é uma questão de educação, de incorporação de um jeito de ser pautado no querer bem. É importante um esforço para esse aprendizado. Não se trata de pieguismo romântico, mas de uma possibilidade, pois há no ser humano potencialidade bastante para tanto. Importa que esse jeito mais gente de ser, que aflora na mente, pele, coração, olhos, fala, mãos... se prolongue ao longo dos dias, permeando as ações e contaminando de bem o dia-a-dia dos casais, das pessoas, para que todo agir humano dignifique a convivência e o próprio ser humano.
 
Então o Dia dos Namorados nos fala de paz, nos convoca à harmonia, à compreensão. Portanto, junto aos juninos padroeiros, vamos esperar que essa semente que há no coração humano opere o milagre da paz, pois a utopia não é mero sonho, mas possibilidade.
 
Às pessoas, resta compreender que o amor é a força que move o mundo e que essa força é uma singeleza que emana do próprio âmago humano... O mesmo impulso terno que oferece uma rosa à pessoa amada, pode desfazer uma guerra iminente, paralisar a mão que aciona o gatilho, adoçar a língua maledicente, semear vida onde se espera a morte.
 
Por isso, o Dia dos Namorados se faz moto perpétuo do querer bem, pois é o amor na morada dos dias.
 
Feliz Dia dos Namorados!!!

Um comentário:

Elias Penteado Leopoldo Guerra disse...

desejo saber a autoria desta matéria