sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Muro no meio da rua em Ubatuba, no CQC

A vida sempre nos reserva uma surpresa. Sempre achei que Ubatuba merecia ter participado de um ou mais programas do CQC. Finalmente esse dia chegou e não pensem que foi por alguma ação ou omissão da prefeitura.

O denominado Condomínio residencial Altos da Praia Vermelha conseguiu obter posição de destaque ao construir um muro no meio da rua, impedindo o acesso dos demais cidadãos, veículos de polícia, caminhões de entrega, caminhões de coleta de lixo e até mesmo dos correios. A prefeitura anulou a permissão de construção e o suposto condomínio impetrou medida cautelar para o término do mesmo. Que o muro será derrubado é fato incontestável, quando e como é uma outra questão que será respondida na próxima semana.

O programa do CQC, sobre o tema, ainda não possui data determinada para ir ao ar, pois o dia 16 é uma possibilidade ainda não confirmada pela produção do programa. Apesar de ser autor de uma das ações judiciais contra a existência do muro, por razões de compromissos assumidos em São Paulo, infelizmente, não pude participar das filmagens. De qualquer modo os três cidadãos que prestaram depoimentos contra o muro souberam explanar muito bem a questão.

O auge e ponto inédito do programa será a participação do síndico do suposto condomínio e de sua acompanhante particular para assuntos diversos. Ubatuba, o Brasil e até mesmo alguns países do exterior, terão a oportunidade de verificar que o fundo do poço é apenas o primeiro subsolo de pessoas sem nível, sem educação e sem conceito de cidadania. Ao serem questionados sobre o muro ambos perderam o controle e voltaram às origens. O síndico saiu esbravejando e a suposta senhora mostra para que veio ao mundo, trazendo a tona uma forma de cumprimento que deve ser utilizado na família dela, na realidade uma antiga tradição familiar: mão levantada, dedo médio apontando para o céu e os demais dedos dobrados (provavelmente em sinal de respeito ao único dedo levantado).

Creio que o síndico tenha saído tão repentinamente não em função do muro, mas sim face a indelicadeza de sua acompanhante que mostrou o dedo para todos os presentes e se esqueceu dele. Apesar de não concordar com a construção do muro, continuo, como cidadão, bastante compreensivo com o sofrimento alheio. Nesse sentido gostaria de tornar pública minha solidariedade ao síndico, menosprezado por sua companheira, e garantir que farei o que estiver a meu alcance para que de hoje em diante, as pessoas, em sinal de respeito, levantem o dedo médio quando estiverem na sua presença.

Quando o programa for ao ar os apresentadores do CQC poderiam pedir a todos os presentes e aos telespectadores que levantassem seus dedos médios, em sinal de respeito, a tão exemplares e simpáticos cidadãos.


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