quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ubatuba em cheque: quantidade ou qualidade?



O texto de autoria do presidente da ACIU – Associação Comercial de Ubatuba é oportuno no que tange a necessidade de Ubatuba não depender única e exclusivamente da temporada de janeiro. Pena que a premissa que norteou tal conclusão teve como base, tão somente, a falta de resultados financeiros.

De qualquer modo parece que Alfredinho está no caminho certo ao classificar Ubatuba como sendo uma cidade de beleza exuberante com uma natureza que deve ser preservada.

Alfredinho é proprietário de um conceituado restaurante de Ubatuba e como tal deve ter pleno conhecimento de que os grandes chefs de cozinha e até mesmo muitos dos restaurantes mais sofisticados, tiveram início através de jantares que eram elaborados para amigos ou parentes, onde novos pratos eram degustados e o chef poderia verificar a viabilidade de fazê-los profissionalmente.

Ubatuba possui belezas naturais suficientes para atrair os mais exigentes turistas de todo o mundo porém, precisamos ter consciência de nossas limitações. Os turistas são atraídos pelo conjunto de beleza natural e serviços disponíveis. Não é crime ambiental e nem tão pouco falta de respeito com a natureza apreciar, em uma taça de cristal, uma champagne Veuve Clicquot ou preferencialmente uma Cristal. Igualmente não é excesso de sofisticação esperar que nossos, bares, hotéis e restaurantes, tenham a disposição um Blue Label, um Green Label, um Rémy Martin, Napoleon e vinhos como Brunello di Montalcino. Os produtos acima apresentados estão disponíveis nos locais freqüentados pelos turistas que pretendemos atrair.

Hoje se apresentarmos atrativos aos que já possuem residência de veraneio em Ubatuba, não moram aqui e pouco freqüentam nosso município, poderíamos ter exatamente uma amostra do público que queremos atrair. A grande vantagem é que este público, por conhecer a realidade de Ubatuba, seria muito mais condescendente com as falhas encontradas, no que tange a qualidade de atendimento e produtos disponíveis para consumo.

Se assim não for feito deveremos comprar uma quantidade descomunal de cordas e cadeados para podermos impedir a saída dos incautos, que vêm a Ubatuba e se deparam, além das deficiências já citadas, com ruas esburacadas, calçadas sem condições (para carrinhos de bebê, cadeirantes, crianças, idosos e o cidadão em geral) e praias lotadas de ambulantes que não ambulam.

Para não dizer que não falei das flores, a troca dos atuais administradores e seus apaniguados é fundamental para que os objetivos de Alfredinho e de grande parte da população possam ser alcançados.


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