sábado, 20 de fevereiro de 2010

O desabafo do prefeito incompetente de Ubatuba



Ao ler o jornal A Cidade, de 20 de fevereiro de 2010, página 02, me deparei com um verdadeiro show de ignorância, protagonizado por Eduardo Cesar, também conhecido como o incompetente mor.

Do texto de Eduardo destacam-se pérolas como:

“Decididamente quero pessoalmente esclarecer essa fatalidade.”

Se utilizarmos o significado correto das palavras a frase de Eduardo Cesar passa a ser: “Com decisão, convicção, firmeza, certeza inabaláveis e inalteráveis, tenho a intenção de modo pessoal ou de corpo presente, fornecer ou obter explicações sobre essa consequência ou influência inevitável do destino.”

Quando um chefe do executivo decide atuar pessoalmente em alguma situação é porque, o mesmo, não confia na responsabilidade e competência técnica de sua equipe. Descaso nunca foi sinônimo de fatalidade e assim sendo, na situação em tela, a utilização do termo é inapropriada ou faz crer a intencionalidade de pretender alterar a verdade dos fatos.

“Como a senhora mesmo mencionou, somente agora tenho o conhecimento pleno dos fatos descritos em seu legítimo desabafo.”

Tal e qual Lula, Eduardo nunca sabe de nada ou é sempre o último a saber. Se legítimo significa algo fundado na razão e no bom senso, justificado, compreensível ou procedente, somos obrigados a concluir que não há necessidade de maiores esclarecimentos.

“Após a intervenção, ao assumirmos a administração encontramos um hospital em colapso, afogado em dívidas, à beira do fechamento de suas portas.”

A afirmação acima demonstra o quão inconseqüente e irresponsável é Eduardo Cesar. A intervenção foi feita por decreto municipal, onde o executivo afirmava ter pleno conhecimento das condições financeiras do hospital e que possuía recursos técnicos e financeiros para corrigir tais problemas. Como é possível que Eduardo Cesar, venha a público afirmar que somente após a intervenção foram detectados os reais problemas do hospital? Significa que a intervenção teve outros motivos e que as afirmações contidas no decreto são mentirosas?

“Ao meu entender, profissionais de saúde têm que salvar vidas, esgotando todos os procedimentos possíveis e impossíveis.”

Na condição de prefeito e falando como tal Eduardo Cesar não possui o direito de utilizar o termo “ao meu entender” pois, a função do prefeito é seguir as normas existentes sendo que sua opinião pessoal pouco importa e deve ser reservada a sua vida pessoal. Se seguisse estritamente a legislação pertinente não cometeria erros como o de apresentar como função dos profissionais de saúde o salvamento de vidas. O profissional de saúde tem que zelar e proporcionar o bem-estar, minimizando ao máximo o sofrimento do paciente independentemente de a vida do mesmo poder ou não ser salva.

“Aliás, a sua credibilidade nos dá a certeza de que realmente houve erros no atendimento a seu filho.”

Eduardo Cesar mais uma vez mostra a sua verdadeira face e seu total desrespeito aos demais usuários da Santa Casa de Ubatuba, ao dizer que a credibilidade da Sra. Zelma é que dá a certeza da existência de erro no atendimento. Ao fazer essa afirmação Eduardo Cesar jogou no lixo as reclamações do vereador Gerson Biguá, os depoimentos prestados na CPI, as razões da saída de médicos como Dr. Zambonini, Dr. Flávio, Dr. Rômulo, Dr. Waldir, entre outros.

O restante do texto não merece sequer ser apresentado por possuir diversos erros de português e de lógica. Os trechos acima citados já são suficientes para que a população possa entender os motivos de Ubatuba estar pior a cada dia desde 2005, quando tivemos a infelicidade de permitir que Eduardo Cesar ocupasse o cargo de prefeito.

De maneira bastante resumida posso para concluir, ressaltar os seguintes pontos:

- A carta de Eduardo Cesar foi endereçada única e exclusivamente a Sra. Zelma Landi, demonstrando que Eduardo não dá a mínima para a população pois o correto seria a elaboração e a publicação, em todas as mídias oficiais, de uma carta aberta a população, onde a situação que envolveu a Sra. Zelma e seu filho Mauricio poderia ser citada mas, o foco principal seria a preocupação com a situação como um todo e não com uma situação específica. Eduardo demonstra confundir sua vida particular com sua vida profissional. Cartas de cunho pessoal e desabafos não devem ser assinadas pelo prefeito.

- Apesar de acreditar que os fatos narrados são verdadeiros e que pessoalmente irá esclarecer a situação, Eduardo Cesar não apresentou de forma clara e objetiva o que será feito, quando será feito, como será feito e quais medidas já foram tomadas. Caso Eduardo Cesar não saiba é importante esclarecer que toda pessoa que entra em hospital possui uma ficha de atendimento ou um prontuário, no caso de internação, as escalas de profissionais são determinadas e o acesso aos nomes de quem atendeu ou deveria ter atendido é facilmente obtido.

- Se o Governo do Estado não ajuda, se o Governo Federal não ajuda, se a oposição não ajuda, se há profissionais incompetentes, se os turistas de alto nível não aparecem, se turistas baderneiros invadem o município, se tudo isso prejudica o trabalho da atual administração e se até mesmo o partido DEM virou nanico, tenho certeza que já tenha passado da hora de Eduardo Cesar cair fora.


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