segunda-feira, 19 de abril de 2010

Relatórios não salvam vidas em Ubatuba, ações sim



Marcos Guerra - 19/04/2010 - 14h00 Por mais que Eduardo Cesar e Clingel Antônio Frota insistam a Cruz Vermelha não assumirá a administração da Santa Casa de Ubatuba. A Prefeitura de Ubatuba não é dona da Santa Casa de Misericórdia Irmandade Senhor dos Passos de Ubatuba e a requisição administrativa efetuada por Eduardo Cesar não lhe dá o direito de terceirizar a gestão do hospital. Ao intervir no hospital Eduardo garantiu por decreto que possuía condições técnicas e financeiras para sanar os problemas encontrados. A tentativa de entregar a Santa Casa para a Cruz Vermelha ou outra qualquer é prova inequívoca da incompetência de Eduardo Cesar.

A situação da Santa Casa de Ubatuba piora a cada dia e novas alternativas de solução não são apresentadas. A Câmara de Ubatuba teve a oportunidade de intervir na situação e nada fez. Como se não bastasse a atitude do vereador Americano de acionar judicialmente contra a CPI, tivemos, em seguida, o vereador Ricardo Cortes, presidente da Câmara, engavetando um pedido, por mim formulado, de uma nova CPI. Enquanto tivermos políticos voltados única e exclusivamente a seus próprios interesses, Ubatuba continuará a perder em todas as esferas.

Não se pode falar em turismo, cidadania e política sem que condições mínimas de sobrevivência sejam garantidas aos cidadãos. Chega de politicagem e uso indevido do dinheiro público, vamos dar uma moção ao vereador que prometer não dar mais nenhuma moção enquanto não tivermos a segurança de termos profissionais competentes em nosso único hospital.

Enquanto Eduardo Cesar brinca de ler relatórios que relatam o que todos sabem e a Câmara brinca de dar moções e criar normas que impeçam o acesso da população à Casa de Leis, a população continua correndo risco ao colocar os pés na Santa Casa de Ubatuba. Como se não bastasse e mais uma vez para que sejam encobertos os desmandos de uma administração incompetente o Litoral Saúde (plano de saúde da Santa Casa de Ubatuba) informa que a partir de junho encerrará suas atividades. Se sanear para Eduardo Cesar e cia. é sinônimo de fechar as portas, por que o mesmo e seus apaniguados não saem da Prefeitura e entregam as chaves à população?

Eduardo Cesar demonstra desconhecer princípios básicos de uma administração ao colocar todos os ovos em uma única cesta. Grandes problemas necessitam de uma avaliação minuciosa, de diversas soluções viáveis. Ao optar por terceirizar a administração da Santa Casa de Ubatuba, Eduardo Cesar, se fosse competente, teria consultado um mínimo de 03 empresas para que soluções fossem apresentadas em função da realidade do hospital e da nossa cidade. Certamente, se assim o fizesse, Eduardo Cesar perceberia que ao requisitar administrativamente os bens e serviços da Santa Casa de Ubatuba, foram assumidos compromissos irretratáveis de saneamento de dívidas e que caso as mesmas fossem sanadas os motivos da intervenção teriam cessado e o hospital deveria ser devolvido a quem de direito.

A população precisa ficar atenta e não mais cair nas estratégias de Eduardo Cesar. Atualmente o mesmo tenta ganhar tempo para ver se encontra uma solução e se apaga o grande incêndio gerado com os falecimentos e com o total desrespeito à pacientes. Cruz Vermelha, CIAP, Santa Casa e Prefeitura formam um quarteto fadado ao fracasso.

Face ao apresentado e em função da urgência por uma solução definitiva para o crescente endividamento da Santa Casa de Ubatuba, fruto de uma gestão incompetente, onde o empreguismo é mais importante do que a saúde da população, medidas judiciais serão, por mim, tomadas para que toda a diretoria da Santa Casa de Ubatuba seja definitivamente afastada, haja o cancelamento da intervenção municipal, sejam bloqueados os bens de todos os citados e que haja a determinação judicial de um interventor estadual ou federal imparcial e realmente interessado em garantir o funcionamento adequado do único hospital de Ubatuba.


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