Texto: Pedro Cardoso da Costa (*)
De um lado os "favoráveis necessários" à realização da Copa contra os "contrários inconscientes". Os primeiros são assim denominados, na sua grande maioria, por serem servidores federais ocupantes de cargos comissionados, que correm risco de exoneração se forem contrários, uma vez que suas indicações são meramente por apadrinhamento político, sem nenhum outro requisito de meritocracia. Os "adversários inconscientes" são partidários ideológicos, incapazes de reconhecer qualquer mérito em algum governo ou em alguém que não seja da sua agremiação partidária. As posições de ambos são tão confiáveis quanto as de torcedores fanáticos de clubes.
Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de futebol, o governo federal se gabou de ter conseguido o que todos os outros nunca haviam conseguido. Uma verdade em termos, pois o Brasil não o fez em 1986 devido ao governo brasileiro ter entendido mais salutar não realizá-la, alegando dificuldades financeiras.
Não dá para se concluir se essa decisão fora acertada ou não. O certo é que o país se tornou sede da atual Copa e, como em todo evento de grande dimensão, aparecem os contrários e os favoráveis. Nada de errado até aqui, se ambos não ligassem suas posições ao governo de plantão e, por consequência, aos partidos.
Os "favoráveis necessários" tornaram o "sucesso" da realização do evento, até o momento, na oitava maravilha do mundo. Trata-se de uma percepção equivocada, por não discutir as questões de fundo dos "contrários conscientes", que se opõem por entender que o dinheiro gasto seria mais bem utilizado em outras áreas sociais, não mencionadas para evitar o desgaste com tanta repetição.
As críticas dos "favoráveis necessários" atingem somente aos "contrários inconscientes", que torciam apenas para que o evento não desse certo por razões de interesse eleitoral. Temiam, com razão sob a ótica defendida, que o sucesso da Copa se transformasse em reeleição do governo federal.
Mas isso é de uma obviedade ululante. Se o caos tiraria voto, como desejariam os "contrários inconscientes", naturalmente, o acerto traria voto, o que assumem os "favoráveis necessários".
Além da questão de prioridade, os críticos moderados se opunham aos gastos excessivos, aos preços abusivos dos ingressos, à soberania absoluta da FIFA, fazendo prevalecer suas regras sobre a soberania nacional, inclusive. Também querem serviços públicos de qualidade não apenas durante a Copa. São pontos que devem ser defendidos por todo cidadão de bom senso, de dentro ou de oposição ao governo.
Os "do contra por ser do contra" precisam se conscientizar que se são eles que defendem a perda da Copa para tirar voto, deveriam entender a regra da proporcionalidade contrária. Se tudo der certo, e como teve a participação do governo, esse governo terá voto.
Agora, é preciso subir o nível do debate. Segundo os especialistas pró-governo, o Partido dos Trabalhadores e o próprio Lula, na Arena Corinthians, foi a elite branca quem mandou a presidente tomar no cu. Ao menos precisam assumir quem foi que realizou uma Copa que só tem espaço para essa "elite".
De um lado os "favoráveis necessários" à realização da Copa contra os "contrários inconscientes". Os primeiros são assim denominados, na sua grande maioria, por serem servidores federais ocupantes de cargos comissionados, que correm risco de exoneração se forem contrários, uma vez que suas indicações são meramente por apadrinhamento político, sem nenhum outro requisito de meritocracia. Os "adversários inconscientes" são partidários ideológicos, incapazes de reconhecer qualquer mérito em algum governo ou em alguém que não seja da sua agremiação partidária. As posições de ambos são tão confiáveis quanto as de torcedores fanáticos de clubes.
Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de futebol, o governo federal se gabou de ter conseguido o que todos os outros nunca haviam conseguido. Uma verdade em termos, pois o Brasil não o fez em 1986 devido ao governo brasileiro ter entendido mais salutar não realizá-la, alegando dificuldades financeiras.
Não dá para se concluir se essa decisão fora acertada ou não. O certo é que o país se tornou sede da atual Copa e, como em todo evento de grande dimensão, aparecem os contrários e os favoráveis. Nada de errado até aqui, se ambos não ligassem suas posições ao governo de plantão e, por consequência, aos partidos.
Os "favoráveis necessários" tornaram o "sucesso" da realização do evento, até o momento, na oitava maravilha do mundo. Trata-se de uma percepção equivocada, por não discutir as questões de fundo dos "contrários conscientes", que se opõem por entender que o dinheiro gasto seria mais bem utilizado em outras áreas sociais, não mencionadas para evitar o desgaste com tanta repetição.
As críticas dos "favoráveis necessários" atingem somente aos "contrários inconscientes", que torciam apenas para que o evento não desse certo por razões de interesse eleitoral. Temiam, com razão sob a ótica defendida, que o sucesso da Copa se transformasse em reeleição do governo federal.
Mas isso é de uma obviedade ululante. Se o caos tiraria voto, como desejariam os "contrários inconscientes", naturalmente, o acerto traria voto, o que assumem os "favoráveis necessários".
Além da questão de prioridade, os críticos moderados se opunham aos gastos excessivos, aos preços abusivos dos ingressos, à soberania absoluta da FIFA, fazendo prevalecer suas regras sobre a soberania nacional, inclusive. Também querem serviços públicos de qualidade não apenas durante a Copa. São pontos que devem ser defendidos por todo cidadão de bom senso, de dentro ou de oposição ao governo.
Os "do contra por ser do contra" precisam se conscientizar que se são eles que defendem a perda da Copa para tirar voto, deveriam entender a regra da proporcionalidade contrária. Se tudo der certo, e como teve a participação do governo, esse governo terá voto.
Agora, é preciso subir o nível do debate. Segundo os especialistas pró-governo, o Partido dos Trabalhadores e o próprio Lula, na Arena Corinthians, foi a elite branca quem mandou a presidente tomar no cu. Ao menos precisam assumir quem foi que realizou uma Copa que só tem espaço para essa "elite".
(*) Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP - Bacharel em direito
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