quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Lideranças municipais e segundo turno




Os líderes partidários terão um papel extremamente importante em todo o país face a necessidade de um segundo turno para a eleição do novo Presidente da República do Brasil. Se de um lado temos a disputa presidencial por outro teremos a definição dos verdadeiros líderes de cada um dos partidos políticos existentes. Tal disputa será de grande valia para o início da disputa que ocorrerá em 2012 (eleições municipais).

Se de um lado a candidata Dilma necessita de uma margem menor de votos, do que José Serra, para que obtenha a vitória no segundo turno, em função dos votos obtidos por cada um dos candidatos no primeiro turno, por outro lado devemos ter em mente que a tarefa do PSDB e seus aliados se tornou mais fácil caso haja um forte trabalho dos candidatos já eleitos. Senadores, deputados estaduais, deputados federais e governadores que durante o primeiro turno tiveram que amenizar o discurso, medir críticas ao governo federal em especial a Lula, estão livres para efetuar as mais duras críticas pelo simples fato de já terem sido eleitos. Obviamente o simples fato de serem acionadas as metralhadoras verbais e escritas não será condição suficiente de vitória no segundo turno.

A rapidez na totalização dos resultados forneceu inúmeros dados que podem e devem ser analisados e utilizados durante o segundo turno. Cada candidato tem a sua disposição um mapeamento detalhado de seus resultados em cada urna, bairro, cidade e/ou estado. Tais dados permitem que seja feito um trabalho no sentido de consolidação do conquistado e verificação dos fatores que determinaram um menor número de votos em determinadas regiões.

O fator tempo é um limitador pois o segundo turno ocorrerá em 31 de outubro de 2010. Nesse curto espaço de tempo, entre o primeiro e segundo turnos, terá mais chance de sucesso o partido que demonstrar melhor capacidade de administração e gerenciamento de seus líderes. A avaliação dos dados de 2006 e de 2010 poderá fazer com que se estabeleçam metas para cada município. Tais metas poderão ser atingidas caso haja um trabalho conjunto entre eleitos e não eleitos.

A visão de um trabalho como exposta neste texto pode, para muitos, parecer utópica, porém, não devemos nos esquecer que no Brasil o atual sistema eleitoral vigente privilegia partidos políticos. Deputados federais, estaduais, distritais e vereadores são eleitos a partir de um quociente eleitoral. Portanto agora é o momento de cada um dos integrantes de partidos políticos, independentemente de terem sido ou não eleitos, trabalharem em conjunto para um objetivo comum e partidário.

Considerando que os novos deputados tomarão posse somente em 2011, há tempo disponível suficiente para que os eleitos trabalhem duro para devolver um pouco do que o partido ou a coligação de partidos lhes deu. Ajudar a ampliar a margem de votos de seus candidatos a Presidente em cada um dos municípios onde obteve uma grande expressão de votos é a primeira e grande missão dos eleitos.

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