Texto: Marcos de Barros Leopoldo Guerra
Conforme informações publicadas no sítio do TSE o até então candidato a prefeito de Ubatuba pelo PSL, Gilson Rocha, renunciou. O ato de renunciar parece ter sido a única atitude sensata de Gilson Rocha neste ano. Para o quadro eleitoral de Ubatuba nada mudará pois quem sequer conseguiu angariar uma quantidade significativa de intenções de voto para sí próprio não possui a menor condição de auxiliar quem quer que seja.
Gilson Rocha é presidente da Comissão Provisória do PSL e creio que sua permanência no cargo não deva durar muito tempo, caso os membros da estadual tenham um mínimo de bom senso e poder de avaliação dos fatos, haja vista que as ações de Gilson Rocha demonstram inequivocamente sua total incapacidade para o cargo e para a vida política.
É certo que a culpa da situação ter chegado ao ponto que chegou não pode ser atribuída somente ao Gilson Rocha. Igualmente responsáveis são os demais membros do PSL que acreditaram nessa fantasiosa e infantil hipótese de que Gilson Rocha tivesse alguma condição de sair vitorioso na disputa pelo cargo de prefeito de Ubatuba. Do mesmo modo os demais oito candidatos a prefeito também são responsáveis pois se tivessem um mínimo de bom senso jamais teriam aceitado participar de reuniões em que Gilson Rocha estivesse presente. Reuniões entre candidatos a prefeito devem ser realizadas única e exclusivamente com a presença daqueles que possuem um mínimo de intenções de voto. Reunião política é mais ou menos como jogo de poker. Não adianta jogar com pessoas que não tenham a mesma condição financeira pois os riscos que cada um pode correr são diferentes. Em política o mesmo ocorre pois não se negocia o que não possui.
Se a capacidade de angariar votos para prefeito se mostrou infrutífera, melhor sorte não teve Gilson Rocha com relação a sua capacidade de administrar um partido político. Graças a seus próprios erros e falta de capacidade de direção partidária, tanto para as eleições majoritárias quanto para as proporcionais o PSL ficou orfão nas eleições de 2012 em Ubatuba.
Ter conhecimento das regras dop jogo é o mínimo que se espera de um candidato a cargo eletivo. Perder o prazo para o registro de candidaturas é no mínimo prova inquívoca de incompetência. Que outros prazos poderiam ser perdidos caso fossem eleitas pessoas que sequer conseguem registrar a candidatura coletiva de seus candidatos?
Se perder o prazo que venceu em 05 de julho de 2012 para o registro coletivo de candidatos já é bastante grave, Gilson Rocha foi além, pois ao saber que havia perdido o prazo insistiu no erro, mesmo sendo informado pelos funcionários do cartório eleitoral de que, naquela situação, apenas o registro individual poderia ser realizado. No final da tarde de 06 de julho Gilson Rocha protocola o pedido coletivo de candidaturas e com isso não permite que os candidatos o façam de modo individual. Tal atitude inviabilizou a candidatura de todos os candidatos do PSL. Como se não fosse suficiente o PSL também perdeu o direito ao horário na rádio.
Atualmente os candidatos a Vereador do PSL possuem recursos tramitando no TSE que possuem o objetivo de reverter as impugnações, haja vista que não hove má fé dos candidatos e sequer tentativa de burlar a legislação eleitoral. Na realidade os candidatos inicialmente foram inocentes e ingênuos ao confiar em Gilson Rocha, sendo que após o dia 05 de julho sequer tiveram a oportunidade de tomar as medidas cabíveis pois a ação de Gilson Rocha de protocolar um pedido coletivo de registro de candidaturas impediu que os pedidos individuais pudessem ser protocolados. Como se não bastasse Gilson Rocha tirou do secretário do partido os documentos dos candidatos a Vereador, impossibilitando assim que as solicitações de registro das candidaturas individuais fossem realizadas.
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