segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Utilização inapropriada do laissez-faire




Seja pela ideologia capitalista ou pela simples busca por liberdade, é fato que a expressão francesa “laissez faire, laissez aller, laissez passer" (deixai fazer, deixai ir, deixai passar), é, por muitos encarada como uma filosofia de vida e praticada na vida como um todo. Há uma linha muito pequena entre a liberdade que buscamos e desejamos e a complacência ou até mesmo conivência com os desvios de comportamento, de pessoas que insistem em deturpar os objetivos das leis, no único intuito do benefício individual em detrimento do coletivo.

Cidades pequenas, como Ubatuba, são um excelente exemplo das conseqüências desastrosas da liberdade sem responsabilidade e do costumeiro “não tenho nada a ver com isso”, “não vou me envolver” ou “não posso me envolver”. Ubatuba poderia representar sua história e atual situação com o título: “Ubatuba do luxo ao lixo”. Belezas naturais, desenvolvimento imobiliário e status da cidade mais sofisticada do litoral norte de São Paulo, não foram suficientes para impedir que Ubatuba chegasse ao estado atual. É óbvio que Eduardo Cesar não é o único responsável pelo atual estado de miserabilidade que vive Ubatuba, porém, o mesmo multiplicou por dez a velocidade da deterioração.

No governo atual diferentemente dos anteriores, por mais despreparados que fossem, a impunidade passou a ser palavra de ordem. Atrelada a perseguição sistemática a todos que se opõe a atual administração chegamos ao caos atual. Aos que insistem em não querer ver a realidade como ela é, recomendo que se recordem dos discursos inflamados de Eduardo Cesar enquanto vereador e de seus ataques constantes ao executivo municipal. Se o representante do executivo nessa época agisse como Eduardo Cesar age hoje contra seus desafetos e contra quem o contraria, certamente Eduardo Cesar teria sido cassado e sequer conseguiria ocupar a cadeira de prefeito. Eduardo Cesar é prefeito graças a liberdade de expressão que o mesmo tanto repudia.

De nada adianta pensar em investimentos para Ubatuba se não cessarmos os desvios de conduta praticados pela administração atual como: nepotismo, contratação sem licitação, utilização indevida da máquina para favorecimentos e renúncia de receita. Como cidadãos temos a obrigação de fazer a nossa parte. Não há sequer um cidadão que não tenha conhecimento dos desmandos da atual administração em um ou mais dos segmentos apresentados. Abrir mão do dever de se insurgir contra os desmandos de Eduardo Cesar, através de denúncias, processos e representações é renunciar a liberdade, a cidadania e aos direitos constitucionais obtidos. Quando nos omitimos fortalecemos a idéia de impunidade e aumentamos o número de adeptos ao atual modo de administrar. Dinheiro não resolve o problema de Ubatuba, necessitamos de um choque de moralidade, respeito à legislação vigente e agentes públicos e políticos com conhecimento e respeito às suas funções.

Continuarei fazendo a minha parte, pois apesar de minhas atitudes não serem suficientes para melhorar o estado de consciência da atual administração, pelo menos, consigo impedir que desmandos ainda maiores passem a ocorrer. Não há prefeito, promotor, juiz ou qualquer outro que vá fazer cessar minha cobrança sistemática pelo respeito aos direitos dos cidadãos e pelo respeito ao cargo e função que agentes públicos e políticos possuem. Há mecanismos legais suficientes para impedir toda e qualquer pressão em sentido contrário que serão utilizados a medida do necessário.

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