quinta-feira, 11 de março de 2010

O raciocínio de Eduardo Cesar



Muitos utilizam corretores ortográficos para a constatação e correção de erros em seus textos. Eduardo Cesar, atual ocupante do cargo de prefeito de Ubatuba, deveria utilizar além do corretor ortográfico, um corretor de lógica e um manual contendo as funções de prefeito e principalmente a diferença entre a pessoa física que ocupa a função de prefeito e o cargo de prefeito.

Preliminarmente é importante esclarecer que na qualidade de prefeito, Eduardo Cesar, deveria única e exclusivamente se manifestar dentro do teor do que lhe foi solicitado ou perguntado através do documento entregue no dia 08 de março de 2010, no paço municipal. Ressalto, mais uma vez, que as opiniões pessoais de Eduardo Cesar devem ser divulgadas ao seu estrito rol de amizades ou contatos pessoais. Eduardo Cesar se esquece, ou nem sequer sabe, que Paulo Ramos de Oliveira, mesmo que tenha perdido os direitos políticos, continua sendo cidadão com direito a voto e com direito a fiscalizar os atos públicos. Maurício Moromizato também é cidadão e possui o direito garantido em nossa Constituição de se manifestar.

É bastante interessante verificar a lógica, ou melhor dizendo, a falta de coerência de Eduardo Cesar. Se Paulo Ramos não possui direito de se manifestar e não possui credibilidade por ter perdido seus direitos políticos, por que o mesmo raciocínio não se aplica a Enos José Arneiro, atual diretor administrativo da Santa Casa de Ubatuba, que também foi condenado a perda dos direitos políticos e a impossibilidade de ser contratado direta ou indiretamente com o poder público? Qual seria, então, a razão de Enos ser uma pessoa de confiança do prefeito?

O fato de dez pessoas assinarem uma carta não significa que o teor da mesma diga respeito tão somente aos interesses destas pessoas. Solicitar fiscalização e controle na Saúde do município é também o intuito da Câmara Municipal e do COMUS. Qualquer vereador ou representante do COMUS que se recuse a assinar uma carta com tal teor estará renunciando às suas obrigações. Indo além, posso garantir, ainda, que qualquer prefeito que tivesse um mínimo interesse de representar a população assinaria tal termo.

Eduardo Cesar afirma que Maurício Moromizato nada fez, mas quer que Maurício consiga verbas federais para Ubatuba. Sem julgar a capacidade de Maurício, considero no mínimo estranho pedir alguma coisa a quem não atribuímos valor ou competência.

Uma afirmação igualmente contraditória de Eduardo Cesar diz respeito ao fato de ser citada a derrota de Paulo e Maurício, nas eleições de 2008. Espero que tal lógica de raciocínio continue a existir quando Eduardo tentar concorrer a cargos eletivos e não lograr êxito. É importante relembrar que Eduardo nomeou secretário de Turismo, Luiz Felipe de Azevedo, o qual faz publicamente questão de divulgar que já faliu diversas vezes.

Bastante volúvel a opinião de Eduardo Cesar no que se refere a alianças políticas. Quando Eduardo fez aliança com o PT, no qual Maurício já militava, e assim se elegeu prefeito pela primeira vez, tudo estava correto, mas, agora que Paulo Ramos se aproxima do PT está tudo errado. Se Paulo Ramos perdeu os direitos políticos qual a preocupação de Eduardo Cesar com as alianças que o mesmo faz ou pensa fazer?

Se as afirmações de má utilização do dinheiro público, na gestão de Paulo Ramos, são verdadeiras qual ou quais foram as atitudes judiciais que Eduardo Cesar tomou para que os envolvidos ressarcissem os cofres públicos dos danos causados?

Para finalizar algumas questões que devem ser objeto de interpretação por parte do leitor e do eleitor:

- O COMUS que não aprovava as contas de Eduardo Cesar era ruim. O COMUS que só diz amém é muito bom;

- Sra. Maria Eva dos Santos, que na qualidade de voluntária, angariou diversas doações do Hospital Sírio e Libanês foi proibida de entrar na Santa Casa por Mara Cibele Franhani (ex diretora administrativa), Eduardo sabia e nada fez;

- Clodovil, enquanto deputado federal, destinou recursos suficientes para a aquisição da usina de oxigênio da Santa Casa de Ubatuba. O projeto foi elaborado e entregue ao gabinete do deputado e à Prefeitura de Ubatuba e mais uma vez Eduardo nada fez;

- Se a maioria está a favor de Eduardo Cesar, por que se preocupar com a minoria?;

- Viver de doações, fazer bingos ou até pedágios não é vergonha. Haja vista campanhas como da Cruz Vermelha, da Criança Esperança e Tele Tom ou em Ubatuba a campanha para doações ao Lar Vicentino;

- Se Eduardo Cesar acha que fez e faz o máximo pela saúde do município e pessoas continuam morrendo por negligência, é de se concluir que os padrões de qualidade de Eduardo Cesar estão muito abaixo do esperado pela população.


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