terça-feira, 9 de março de 2010

Novas perguntas para a Cruz Vermelha



Marcos Guerra - 09/03/2010 - 14h15 Abaixo, apresento o e-mail que recebi no dia 08 de março de 2010 da Cruz Vermelha filial de São Paulo, bem como minha resposta com repetição de alguns dos questionamentos efetuados e não respondidos e a inclusão de novas questões de interesse da população.


Sr. Marcos Guerra

A prestação de bons serviços de saúde à população é uma preocupação permanente da Cruz Vermelha Brasileira. Objetivando a melhoria desses serviços, duas Filiais da entidade, a de São Paulo e a do Maranhão, estão atuando em conjunto no Estado de São Paulo identificando estabelecimentos de saúde, geridos pelos poderes públicos ou pela iniciativa privada, mas com foco no atendimento à população de baixa renda, que necessitem apoio no desenvolvimento de projetos voltados a melhorar a qualidade do atendimento, da gestão ou para a solução de problemas específicos do setor.

No dia 05/03/2010 foi firmado Protocolo de Intenções entre a Cruz Vermelha Brasileira – Filial do Estado de São Paulo e Filial do Estado do Maranhão com a Prefeitura de Ubatuba e com a Santa Casa de Misericórdia Senhor dos Passos de Ubatuba com o objetivo de analisar as necessidades da Santa Casa e a melhor forma de se aprimorar e ampliar sua prestação de serviços à população.

Sem mais,

Simone Ambrósio
Secretaria Geral
Cruz Vermelha Brasileira – FESP
Tel. 5056-8652
http://www.cvbsp.org.br/


Prezada Sra. Simone Ambrósio,

Sua manifestação em nada esclarece os questionamentos por mim efetuados. Considerando que a Santa Casa de Ubatuba é uma empresa privada, considerando que a Prefeitura de Ubatuba interviu administrativamente e financeiramente na Santa Casa de Ubatuba garantindo, via decreto municipal, que a situação financeira da Santa Casa seria sanada, considerando que na ocasião da intervenção a dívida da Santa Casa de Ubatuba era de cerca de 9 milhões de reais, considerando que atualmente e pós intervenção a dívida ultrapassa os 20 milhões de reais e considerando que a Cruz Vermelha vive de doações e que muito provavelmente as pessoas ou empresas que efetuam doações para a Cruz Vermelha querem que o dinheiro seja empregado em situações efetivamente de calamidade e não em situações de calamidade criadas por administrações ou intervenções incompetentes, solicito, novamente, o esclarecimento ainda extra-judicial das seguintes questões:

- qual a relação entre a CIAP - Centro Integrado de Apoio Profissional e a Cruz Vermelha?

- qual a função de Marcos Roberto Romero Sanches na Cruz Vermelha e há quanto tempo, o mesmo, atua na entidade?

- é ético elaborar relatório de auditoria onde a própria empresa é indicada como melhor opção para sanar os problemas detectados?

- se a Prefeitura de Ubatuba garantiu por decreto municipal que possuía recursos financeiros e técnicos para sanear as contas da Santa Casa de Ubatuba, faz sentido a Cruz Vermelha assumir tal passivo?

- por que em Teresópolis e Petrópolis foram efetuadas licitações para a contratação da Cruz Vermelha e em Ubatuba não se cogita da mesma alternativa?

- a situação criada pela intervenção da Prefeitura de Ubatuba foi tão desastrosa que fez com que a Cruz Vermelha filial de São Paulo tivesse que se unir a Cruz Vermelha do Maranhão com a utilização ainda de profissional que atua no Paraná (vide número do celular com prefixo 043 no cartão de visitas de Marcos Roberto Romero Sanches), para tentar avaliar o caos criado?

- não há suporte técnico na filial de São Paulo e nem na sede do Rio de Janeiro, da Cruz Vermelha, para que auditorias possam ser realizadas?

- é de conhecimento da Cruz Vermelha filial São Paulo ação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo face a CIAP - Centro Integrado de Apoio Profissional?

Saliento, desde já, que cópia dos questionamentos efetuados será enviada a sede da Cruz Vermelha no Rio de Janeiro e que a versão em inglês será enviada a sede da Cruz Vermelha Internacional em Genebra (19 avenue de la Paix CH 1202 Geneva)

Atenciosamente,

Marcos de Barros Leopoldo Guerra

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