Por Hugo Gallo Neto
SOBRE A OMISSÃO E A OBRIGAÇÃO DE FAZER
UM ALERTA AOS TURISTAS E CIDADÃOS DE UBATUBA FREQUENTADORES DA ESTRADA DO CAIS
Não sou advogado e não vou discorrer acerca dos aspectos legais do titulo que escolhi para este texto.
Tratam-se de palavras que me vieram à mente quando percebi que tenho a obrigação de não me omitir, criticar e alertar o poder público municipal pelo acidente ocorrido e por outros que certamente virão a ocorrer na Estrada do Cais.
A obrigação de fazer é dos gestores municipais.
Uma equação muito simples: Estruturas de madeira, colocadas pela gestão anterior com o objetivo de possibilitarem a moradores e turistas que freqüentam nossa cidade, locais de contemplação e pesca na beira da costeira, sem manutenção há muitos anos, se tornam armadilhas mortais a quem desavisadamente “ousa” por elas passar.
Costumo fazer caminhadas pela velha estrada do Cais do Porto, que apesar do abandono ainda é um dos locais mais aprazíveis da região central da cidade.
Sempre falei do potencial turístico deste local...
Ha vários meses venho observando o adiantado grau de deterioração que as referidas estruturas de madeira vêem apresentando.
Sempre nestas caminhadas, tenho pensado no perigo eminente de acidentes.
Ha duas semanas, em um domingo ao fazer a caminhada, fiz o mesmo comentário e ao voltarmos, ouvi o grito de minha mulher que ia um pouco à frente me avisando que eu tinha que socorrer alguém que havia se acidentado e caído no mar. Ela achava que a pessoa poderia ter morrido. Corri até o local e me deparei com um homem caído sobre as pedras dentro do mar. Desci até o local, assim como outra pessoa que por ali passava e se prontificou imediatamente a ajudar. Retiramos o homem do local que recobrava a consciência e estava tonto, com dores fortes e com a cabeça e costas visivelmente machucadas. Era um turista, empresário, proprietário de imóvel em nossa cidade e estava ali pescando quando encostou no guarda corpos de madeira podre que se rompeu. Na queda de mais de 2 metros ele bateu a cabeça e machucou as costas. Poderia certamente ter morrido ou tido seqüelas por toda vida. Peguei seu carro e o levei a Santa Casa aonde foi atendido. Pelo que sei ficou bem.
Algumas pessoas podem argumentar que a referida estrada é estadual e que a manutenção destes equipamentos seria obrigação do estado. Não é verdade! Foi a Prefeitura Municipal de Ubatuba que ali instalou estas estruturas e é a responsável por sua manutenção. Se a alegação para a falta de manutenção é a mesma de sempre, ou seja, falta de recursos, a obrigação dos gestores seria interditar o local ou remover as estruturas.
E inadmissível que por omissão, nossos gestores coloquem a vida e a integridade física dos cidadãos em risco.
Hoje fui novamente caminhar na estrada e vi crianças andando sem os pais. Alertei-os do perigo. Resolvi não me omitir, escrever este texto e dar publicidade ao mesmo.
Espero que ao lerem este artigo, nossos gestores tenham a sensibilidade de discernir o que acham ser uma possível crítica de cunho político de um verdadeiro alerta sobre a omissão e a responsabilidade que eles têm e que pode ir até o ponto de salvar ou prejudicar vidas de pessoas.
As fotos apresentadas são do local e do dia do acidente...
Um comentário:
parabéns pelo artigo!queria dizer que não é só na estrada do cais sou morador do parque guarani onde nosso prefeito vem contruindo um conjunto habitacional que parece que nunca vai acabar já faz 4 anos isso e nunca fica pronto fora a nossa rua que não terminaram de arrumar,levantaram a rua cerca de 1 mt. com isso qualquer chuva que começa inunda varias casas. estamos cansados de viver com agua até os joelhos
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