Mais uma vez Saulo Gil
vem a público solicitar esclarecimentos sobre fatos e situações que não foram por mim criados. Como se não bastasse pretende Saulo Gil dar conselhos e/ou sugestões não solicitados.
O texto ao qual me referi não possui assinatura e portanto supõe-se que seja de responsabilidade do jornal Imprensa Livre, sendo assim, Saulo Gil não possui legitimidade para esclarecer os pontos enfocados pela matéria e por mim realçados.
A utilização de termos técnicos para demonstrar conhecimento é muito utilizada por pessoas inseguras e que não possuem certeza de seu grau de instrução. A dificuldade em interpretação de textos é característica dos analfabetos funcionais.
Minhas matérias não exprimem, necessariamente, minha opinião sobre fatos e acontecimentos. Escrevo e continuarei a escrever sobre incoerências, atos falhos e/ou pseudo furos de reportagem de pessoas que alegam nos representar de maneira íntegra e responsável e ou àqueles que dizem pretender apresentar a realidade dos fatos à população.
Na linguagem jornalística a objetividade e a imparcialidade estão intimamente ligadas. A função do jornalista é informar através de uma linguagem simples, objetiva e com clareza de idéias.
Em meu texto apresentei textualmente a frase citada na matéria do jornal Imprensa Livre para que não houvesse a menor possibilidade de uma interpretação equivocada. Nem eu e nem os leitores somos obrigados a nos atermos somente ao corpo inicial do texto (lead). Toda e qualquer informação adicional incluída na matéria deve ser considerada como parte da estrutura jornalística utilizada (documentação ou sublead).
A qualificação de Marcus Alexandre e Rogéria Osório como um casal que faz parte da direção da Santa Casa de Ubatuba foi apresentada pelo autor da matéria do Imprensa Livre e sendo assim a responsabilidade por citar fatos que não estão relacionados ao lead é do próprio jornal e as imputações de ignorância e falta de conhecimento sobre manuais de redação devem ser dirigidas a quem de direito no jornal Imprensa Livre. Cabe ainda em função do apresentado que os responsáveis pela matéria do Imprensa Livre esclareçam a população à respeito da origem e veracidade do assunto adicional incluído.
Não considerar a validade de todas as informações apresentadas é não acreditar no profissionalismo de quem escreveu o texto ou do jornal que a publicou. Não creio que seja ético ou moral trabalhar em local que são feridos conceitos basilares de uma profissão.
Reitero tudo que escrevi e creio que fica bastante claro quem realmente é ignorante.
Saulo Gil deveria aproveitar minhas matérias como base para futuras reportagens investigativas tais como:
- Fraude nas eleições da Associação Comercial de Ubatuba;
- Quem vazou a informação de que a Santa Casa de Ubatuba estava incluída na relação de hospitais com problemas no controle de infecção hospitalar?;
- Qual as correções efetuadas e qual a situação atual? (referente ao tema anterior);
- Há nova diretoria na Santa Casa de Ubatuba?
- Por que Marcus Alexandre não se cadastrou no CREMESP como responsável técnico?
- Há nepotismo na Santa Casa de Ubatuba?
Abaixo e em respeito ao leitor que não tem a obrigação de conhecer termos técnicos apresento, de forma bastante resumida, o significado de algumas palavras e conceitos sobre a linguagem jornalística. Acrescento ainda, a definição de outros conceitos importantes no que tange a crítica, parecem ser desconhecidos por Saulo Gil.
A estrutura jornalística é formada por lead, documentação e sublead, onde:
· lead - é o parágrafo inicial no qual as idéias principais que se pretendem discutir são apresentadas;
· documentação proposições adicionais ao lead, contendo informações e dados comprobatórios;
· sublead são informações objetivas inseridas no texto.
Uma das características do estilo jornalístico: evitar ambigüidade.
Argumentação jornalística: uma das categorias relevantes para a argumentação é o contexto.
Alguns dos procedimentos argumentativos: ressonância (repercussão ou conseqüência); testemunho de autoridade; referencialidade...